Com presença do TCE-RO, TCs da Amazônia consolidam dados da nova auditoria operacional em unidades de conservação
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Depois de firmar parceria com o Tribunal de Contas da União (TCU), para atuar na força-tarefa nacional que realiza a fiscalização da governança ambiental nas unidades de conservação (UCs) da Amazônia, o Tribunal de Contas de Rondônia (TCE-RO) participou, no período de 5 a 9 deste mês, de oficina que teve como foco a consolidação dos dados levantados na nova auditoria operacional, que está sendo efetivada nas UCs estaduais.
Este ano, o trabalho fiscalizatório busca possibilitar aos Tribunais de Contas envolvidos efetivar a análise dos problemas de gestão e controle das unidades de conservação quanto ao cumprimento das deliberações proferidas em auditorias anteriores, incluindo a primeira auditoria coordenada realizada em 2013/2014, com a coordenação do TCU e a participação do TCE-RO.
Como resultado dos trabalhos desenvolvidos, considerando os princípios que regem a auditoria operacional, busca-se a identificação de possíveis gargalos existentes na gestão das UCs e, com isso, contribuir, naquilo que for possível, com o alcance dos objetivos vislumbrados quando da criação dessas áreas protegidas.
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Participaram da atividade na sede do TCE do Pará, em Belém, os auditores de controle externo Francisco Vagner de Lima Honorato e Manoel Fernandes Neto, ambos da Coordenadoria de Auditoria Operacional (CAOP), unidade subordinada à Secretaria-Geral de Controle Externo (SGCE).
Os representantes do TCE rondoniense tiveram a oportunidade de expor aos participantes os resultados preliminares apurados até o momento a partir das atividades executadas nas UCs de Rondônia (informações colhidas nas visitas em campo, tabulação de respostas dos formulários, entrevistas, entre outros), visando o alinhamento entre os Tribunais que compõem o bioma amazônico, para a consequente elaboração do relatório da auditoria.
AMAZÔNIA LEGAL
A participação do TCE de Rondônia na força-tarefa fiscalizadora foi acertada durante reunião realizada em Brasília, com a presença de representantes do TCU e também de oito Tribunais de Contas que possuem sob sua jurisdição unidades de conservação da chamada Amazônia Legal.
A previsão é de que o trabalho integrado entre os Tribunais de Contas, inicialmente executado apenas em unidades de conservação da Amazônia no Brasil, alcance também entidades de controle de outros países amazônicos, estendendo-se, posteriormente, a toda a América Latina.
Nessa fiscalização, são utilizadas técnicas inovadoras no campo das auditorias operacionais, entre as quais, a técnica de análise por fragmentações, sobreposições, duplicidades e lacunas (FSDL) de políticas públicas, usada pelo GAO (“Government Accountability Office”), entidade de controle e auditoria do governo dos Estados Unidos.
Outro ponto importante da auditoria será a análise quanto à adequação das atuais políticas de gestão aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que integram a Agenda 2030 – conjunto de programas, ações e diretrizes que orientarão os trabalhos das Nações Unidas e de seus países-membros (entre os quais, o Brasil), rumo ao desenvolvimento sustentável.