Orgulho de Servir: a trajetória de Juliano Riggo no TCE-RO

Mais do que simplesmente prestar serviço público no Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO), as pessoas sentem orgulho em servir à população que tanto admiram.
Em cada ambiente do Tribunal há o toque de servidores atentos e dedicados, que transformam materiais em soluções, espaços em possibilidades e ideias em melhorias para os serviços públicos.
Hoje, destacamos a trajetória de um servidor que escolheu Rondônia como sua casa e que contribui diariamente para essa transformação.
Apresentamos Juliano Riggo, do Departamento de Engenharia e Arquitetura do TCE-RO.
DA SERRA GAÚCHA AO CORAÇÃO DA AMAZÔNIA
Juliano Riggo, conhecido como Gaúcho pelos corredores do Tribunal, nasceu em Marau, uma pequena cidade no interior do Rio Grande do Sul, colonizada por imigrantes italianos, de onde vem seu sobrenome. Ele representa a terceira geração da família no Brasil, por parte da bisavó.
Sua infância e adolescência, vividas no campo, foram marcadas pelo constante envolvimento com construções, máquinas e plantações. Foi nesse ambiente que ele desenvolveu habilidades que o acompanham até hoje.

Pisou em solo rondoniense em 1989, aos 19 anos de idade, para trabalhar com o irmão em um escritório de contabilidade, em Porto Velho. “Como eu havia me formado em técnico de contabilidade, precisava tirar o registro profissional e alguém para assinar. Acabei vindo, e foi aí que tudo começou”, lembra Juliano.
Após essa experiência, trabalhou por pouco tempo em uma serralheria e, em seguida, como motorista em uma empresa prestadora de serviços ao governo. Foi por meio dessa organização que teve o primeiro contato com o TCE.
“Essa empresa foi chamada para fazer um armário no 7º andar do prédio do Tribunal, na Procuradoria. Nunca esqueci. Acho que o destino conspirou. Tanto que esse armário, eu até brincava que era um negócio que me ligou ao Tribunal. A gente ficou um ano por causa dele, pois escolheram fazer adaptações com o mesmo material usado”, recorda.
Em 1999, Juliano foi convidado a participar da reforma e das adaptações estruturais do TCE. Atuava desde o planejamento até a montagem de móveis, mesas e divisórias: “Foi aí que começou. Na época, era difícil encontrar mão de obra especializada em Porto Velho.”
Após esse período de prestação de serviços ao Tribunal, a empresa em que Gaúcho trabalhava faliu. O antigo gerente fundou uma nova e o chamou para compor a equipe. “E seguimos fazendo reformas no Tribunal, sempre com muitas adequações.”
Em 2008, Juliano deixou a empresa e passou a atuar de forma autônoma. “Em 2010, o então secretário-geral Luiz Francisco, que já conhecia meu trabalho, me convidou para atuar no Tribunal. Na época, ainda não existia o Departamento de Engenharia e Arquitetura, era a Divisão de Serviços Gerais que providenciava os materiais e o planejamento, junto com uma arquiteta. Foi assim que tudo começou.”
A ligação de Gaúcho com o TCE-RO vem desde 1991, mas foi apenas em 2010 que ele passou a integrar oficialmente o quadro de servidores. “Digamos que o destino conspirou, de certa forma. Quem imaginaria isso?”, comenta.
Sobre sua atuação na Divisão de Manutenção e Reparos, que integra o Departamento de Engenharia e Arquitetura, Riggo acredita que seu trabalho também impacta a sociedade: “Se você torna um ambiente mais agradável para o servidor trabalhar, se melhora a estrutura, acredito que o desempenho melhora também. É uma somatória.”
DE PASSAGEM A PERTENCIMENTO
O que era para ser uma breve estadia de três meses se transformou em 36 anos de vida em Rondônia.
Dedicado à família, Gaúcho é casado e pai de dois filhos. Nos momentos de lazer, gosta de fazer caminhadas e aproveitar áreas ao ar livre, como o Skate Parque e o Espaço Alternativo de Porto Velho.
Sempre que possível, a família assiste filmes juntos. “Eles gostam de filme de terror; eu prefiro comédia, acho mais divertido”, brinca.
Nos fins de semana, o tradicional churrasco não pode faltar: “Às vezes, a gente se reúne e assa uma carninha”. Mesmo nos momentos livres, gosta de estar sempre criando ou desenvolvendo algo. “É uma coisa que me atrai.”
Paralelamente ao trabalho no Tribunal, em 2013 ele fez o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e foi aprovado no curso de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Rondônia (UNIR). “Foi muito difícil, porque eu trabalhava, passava em casa, pegava a moto e ia para a UNIR.”
Ao final de 2016, com o TCC pronto, faltando apenas a apresentação, ele tomou uma decisão. “Era muita coisa acontecendo e não apresentei o TCC. Mas pretendo este ano, ou no máximo no próximo, finalizar”, acrescenta.
Aos 55 anos, planeja viajar com a esposa e conhecer novas regiões do Brasil. “Sempre falo para ela: vamos esquecer da vida e ir até onde der”, diz, com uma risada. Entre os planos está uma turnê pelo país e, claro, ver o mar.
Este é Juliano Riggo, o Gaúcho que escolheu Rondônia como sua casa. Um servidor que tem orgulho de servir e que, com dedicação e excelência, contribui diariamente para a construção de um Tribunal mais humano e funcional.