Fiscalização do TCE-RO volta a Ji-Paraná, revela avanços e aponta novos desafios que impactam atendimento ao cidadão

Nesta quinta-feira (2/10), equipes do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO) retornaram ao município de Ji-Paraná para fiscalizar duas unidades de saúde gerenciadas pela prefeitura.
O objetivo é induzir melhorias no atendimento à população e também condições mais dignas de trabalho para os profissionais da saúde.

Os auditores de controle externo avaliam, principalmente, o armazenamento e fornecimento de medicamentos, a oferta de exames conforme as necessidades emergenciais, a qualidade do atendimento prestado e a escala dos profissionais de saúde.
PROBLEMAS PERSISTEM NA UPA
Na UPA de Ji-Paraná, os auditores identificaram que a escala agora está em local visível, equipamentos passaram por manutenção e foram reparados, há reposição de insumos, medicamentos e limpeza adequada.

Porém, há problemas que persistem. O aparelho de raio-X não atende pacientes obesos, a sala onde o equipamento fica não tem banheiro e nem local para troca de roupa.


Não há rede de oxigênio, dependendo do uso de cilindros que ficam na beira dos leitos, e o estoque de medicamentos apresentada divergência, devido à deficiência do sistema informatizado.
A unidade não conta com segurança armada, o que a torna vulnerável à ação de criminosos. Também há equipamentos sucateados e a estrutura precisa de reparos. Problemas ainda na ausência de controle eletrônico de frequência, que é feito de forma manual.
AVANÇOS E PROBLEMAS NO HOSPITAL MUNICIPAL
No Hospital Municipal Claudionor Roriz, houve avanços em relação à última fiscalização, especialmente na escala de profissionais, manutenção do equipamento de raio-X, das instalações físicas e reposição de insumos.

Entretanto, também foram constatados desafios persistentes: o raio-X continua parado, falta medicamentos e manutenção preventiva para equipamentos específicos, além de controle de estoque deficiente.
Foram constatados novos problemas, como número insuficiente de pessoal para atendimento, ausência do ponto eletrônico, porta de entrega da maternidade continua fechada e a segurança, que também é precária.

FISCALIZAR PARA TRANSFORMAR A REALIDADE DA SAÚDE
Os achados reforçam que a fiscalização vai além do apontamento de falhas: ela é um instrumento de transformação social.
Ao ouvir pacientes, profissionais e gestores, o TCE-RO busca induzir melhorias que garantam mais dignidade no atendimento e melhores condições de trabalho para os profissionais de saúde.

Ainda nesta sexta-feira (3/10), a equipe do TCE-RO, sob a coordenação do secretário-geral adjunto de Controle Externo do TCE, Régis Ximenes, se reuniu com a administração municipal, para não só apresentar o relatório, mas cobrar soluções que saiam do papel e cheguem à vida real do cidadão