TCE destaca atendimento e aponta falhas em fiscalização nas UPAs e Policlínicas de Porto Velho

Uma nova rodada de fiscalizações foi realizada neste domingo (8/6), pelo Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO). As equipes de auditoria voltaram às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e às Policlínicas Ana Adelaide e José Adelino, em Porto Velho. Todas são geridas pelo município.
As inspeções buscam aprimorar o atendimento à população e melhorar as condições de trabalho dos profissionais de saúde.

De acordo com as equipes de auditores do TCE, o atendimento está mais ágil e humanizado.
Mas ainda foram apontadas falhas a serem superadas, como falta de insumos, medicamentos, quantidade insuficiência de profissionais e pacientes esperando regulação (transferência para tratamento em unidade hospitalar).

ATENDIMENTO RÁPIDO É ELOGIADO PELAS PESSOAS
De uma forma geral, os pacientes destacaram a rapidez e atenção durante o atendimento nas UPAs e Policlínicas.

A dona de casa Érica Cristine levou a filha para ser atendida na UPA. “O atendimento foi rápido e estou satisfeita. O trabalho do Tribunal vem nos ajudando muito”, disse.

Também o autônomo Edson Rodrigues se mostrou satisfeito com o atendimento e a atuação do TCE: “É muito importante, porque às vezes ficamos desassistidos e não temos com quem falar. Obrigado, Tribunal”.

A comerciária Ana Silva acredita que as fiscalizações do Tribunal de Contas devem continuar. “Precisa ter fiscalização para o atendimento melhorar ainda mais”, afirmou.
PROFISSIONAIS DE SAÚDE APROVAM FISCALIZAÇÕES
Os profissionais de saúde também enfatizaram o impacto das fiscalizações realizadas de modo permanente pelo Tribunal de Contas.

“Esse trabalho colaborativo, fiscalizando e nos ajudando, é fundamental para proporcionar melhorias para a população de Porto Velho”, ressaltou a diretora da UPA da Zona Leste, Fernanda Medeiros.

A médica Daphine Caroline observa que a atuação do Tribunal tem surtido efeito: “Hoje, por exemplo, conseguimos, com o apoio do TCE, a transferência de paciente, que precisava de regulação. É muito importante”, acentuou.
AVANÇOS SÃO CONSTATADOS, MAS AINDA HÁ FALHAS
Mesmo com os avanços registrados, os auditores do TCE constataram, neste domingo, diversos pontos críticos que exigem atenção urgente.

Na Policlínica José Adelino, houve queixas sobre a demora no atendimento devido à espera por regulação.
O raio X novo (e mais moderno) ainda está embalado e armazenado no corredor, pois o espaço na sala não comporta sua instalação. Recomendações também quanto à estrutura física da unidade.
Na UPA da Zona Sul, o maior problema é a questão do esgoto, que impacta no laboratório, quando chove. A equipe notou cheiro forte, mesmo com tempo seco.
Já na UPA da Zona Leste, a preocupação é quanto à provável transferência da unidade para outro local, em razão da reforma que será feita no prédio atual.

Essa mudança pode afetar o atendimento à população. A equipe do TCE, inclusive, esteve nas futuras instalações para uma vistoria.

Na Policlínica Ana Adelaide, foi relatada falta de medicamentos e equipamentos. Também a necessidade de reforço de médicos (mínimo 5) e, se possível, pelo menos um pediatra, uma vez que a demanda existe.
Todos os problemas foram registrados em relatório e encaminhados à gestão municipal, que tem cinco dias para apresentar providências. As equipes do TCE irão retornar após o prazo estabelecido para conferir se os problemas foram solucionados.
TCE FAZ A DIFERENÇA NA VIDA DO CIDADÃO
Os servidores do TCE que atuam nas fiscalizações consideram importante o trabalho realizado. “No geral, ouvimos da população a satisfação com o bom atendimento na unidade”, disse o servidor Christopher Dyann.


O assessor técnico da Secretaria-Geral de Controle Externo do TCe, Moisés Lopes, que coordenou as ações deste domingo, destaca que, de fato, tem havido melhorias, a partir das Fiscalizações Permanentes na Saúde.
“O propósito é que consigamos, com o trabalho do Tribunal, levar ainda mais saúde de qualidade para a população de Porto Velho e do Estado de Rondônia”, finalizou.
RESPONSABILIZAÇÃO DOS GESTORES PÚBLICOS
No caso das fiscalizações, o TCE-RO enfatiza que continuarão sendo feitas. Elas têm caráter preventivo e corretivo.
Caso os gestores não cumpram as determinações no prazo, o Tribunal instaura processos de responsabilização, garantindo o devido processo legal.

Se confirmadas irregularidades por ação ou omissão, sanções poderão ser aplicadas aos responsáveis. O TCE de Rondônia continuará monitorando as unidades para verificar o cumprimento das recomendações.