TCE investe na conservação de acervo histórico com aquisição de arquivo deslizante
A Constituição Federal estabelece que cabe ao poder público, contando com o apoio da comunidade, a proteção e a preservação do patrimônio histórico do País. A determinação constitucional foi lembrada pelo presidente do Tribunal de Contas (TCE-RO), conselheiro José Gomes de Melo, durante vistoria, ontem (17), ao arquivo deslizante, equipamento recém-adquirido para o Arquivo Geral.
Acompanhado dos conselheiros Valdivino Crispim de Souza, vice-presidente da Corte, e Wilber Carlos dos Santos Coimbra, presidente do Instituto de Estudos e Pesquisas (IEP), José Gomes disse que a aquisição do equipamento “demonstra a preocupação quanto à necessidade de preservação da história do nosso estado. Não estamos fazendo isso pelo presente apenas, mas para mostrar o que os gestores e a Corte fizeram no passado para aqueles que nos sucederão”.
Por sua vez, o conselheiro Valdivino Crispim lembrou-se que o investimento da Corte no arquivo deslizante possibilitará a guarda com mais segurança de um importante acervo histórico. “O Tribunal de Contas detém hoje a custódia de documentos, acumulados ao longo de sua existência, que contam como evoluiu a administração pública em Rondônia”, disse.
Concordando com Crispim, o conselheiro Wilber Carlos acrescentou, ainda, que o acervo do TCE “é a única fonte de consulta disponível, sobre a qual pode-se fazer pesquisas e se resgatar um pouco da história do Estado no âmbito da gestão pública”.
OTIMIZAÇÃO DO ESPAÇO
Presente à vistoria dos conselheiros, Jair Dandolini, diretor do Departamento de Serviços Gerais (DESG), setor ao qual o Arquivo Geral está subordinado, explicou que, devido à flexibilidade na adequação ao local disponível e à otimização do espaço físico, o arquivo deslizante proporcionou uma economia de 70% da área utilizada anteriormente, quando os arquivos ficavam dispostos em instalações convencionais.
Dessa forma, segundo Jair, será disponibilizado um novo andar no prédio onde o arquivo deslizante foi montado, localizado próximo à guarita de acesso à garagem. Essa área que será liberada vai receber, de acordo com o presidente José Gomes, alguns setores da Secretaria Geral de Informática, atualmente instalada em parte do oitavo andar do edifício-sede.
Confeccionado em chapas de aço, o arquivo deslizante tem com movimentação mecânica sobre trilho, a partir de acionamento por manivelas. O interior é multifuncional, com várias opções de uso. Sua capacidade de armazenamento é de 6.000 caixas de processo.
“Antes da compra desse equipamento, todos os documentos ficavam acondicionados em local inadequado, sujeito às intempéries climáticas, presença de fungos e poeira, com facilidade para se degradar até mesmo pela ação do tempo”, lembra o secretário-geral de Administração, Luiz Francisco Gonçalves Rodrigues, que também acompanhou os conselheiros na vistoria.
Por causa do estado de parte do acervo, será preciso realizar um procedimento de higienização nos processos. De acordo com o chefe da Divisão de Expediente, Marco Túlio Seixas, uma mesa higienizadora à base de sucção está sendo adquirida para fazer esse trabalho. “Essa mesa aspira o pó e ao mesmo tempo aplica um jato de luz para tirar a umidade dos processos”, conta.
Houve também a preocupação de instalar o arquivo em um espaço amplo e arejado. Além disso, a sala tem ar-condicionado, o que ajuda a controlar a umidade do ambiente, e sistema de alerta para incêndios, que é uma das maiores ameaças para acervos documentais, visto que o papel é um material de fácil e rápida combustão.
Todo o acervo de documentos do TCE é de aproximadamente 4.500 caixas de processo. Com o arquivo deslizante, o processo de busca e desarquivamento de documentos ganhou mais agilidade.