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Quando o Tribunal se escuta: pesquisa interna revela um TCE-RO mais maduro, cooperativo e preparado para servir melhor à sociedade

Por muitos anos, o Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO) desempenhou sua missão olhando para fora: fiscalizando políticas públicas, acompanhando a aplicação de recursos, orientando gestores e analisando decisões que impactam diretamente a vida do cidadão.

Mas, em setembro, algo inédito aconteceu dentro da própria instituição: pela primeira vez, o TCE-RO decidiu escutar a si mesmo.

A pesquisa ocorreu em todas as unidades administrativas e reuniu 682 respostas de servidores, colaboradores e estagiários. O levantamento foi feito não para medir “popularidade institucional”, mas para analisar com precisão os serviços internos, as rotinas administrativas, os fluxos de trabalho e as ferramentas utilizadas, diariamente.

Foi um processo de avaliação recíproca: cada unidade avaliou e foi avaliada, criando um retrato maduro e transparente da instituição por dentro.

A pesquisa não foi pensada para ser um ranking, e sim um espelho institucional. Um gesto de humildade e inteligência organizacional. E os resultados mostram exatamente isso: um Tribunal que amadureceu, que coopera, que se reconhece e que está disposto a evoluir, não por exigência, mas por propósito.

O SURGIMENTO DE UMA NOVA CULTURA DE ESCUTA

A ideia partiu de uma compreensão simples e poderosa: antes de transformar o mundo ao redor, uma instituição pública precisa saber como está funcionando por dentro.

“Com esta pesquisa recíproca entre os setores, criamos um ambiente de autorreflexão para melhor servir ao cidadão, corrigindo falhas internas a partir de dados e evidências”, explicou o presidente do TCE-RO, Wilber Coimbra.

A fala traduz a essência de uma governança moderna: um Tribunal que ouve antes de decidir, que analisa antes de agir e que se apoia em evidências reais, não em impressões.
A pesquisa inaugurou esse movimento.

O QUE FOI MEDIDO E POR QUE ISSO IMPORTA TANTO

A pesquisa sondagem teve um foco muito específico: a qualidade dos serviços internos e das ferramentas corporativas, avaliados reciprocamente pelas unidades. Objetivo: detectar gargalos, aperfeiçoar fluxos e melhorar o funcionamento do Tribunal como um todo.

Isso significa que cada setor, do planejamento à tecnologia, dos gabinetes aos serviços gerais, pôde avaliar o que funciona bem, o que precisa melhorar e como suas entregas impactam as demais unidades.

Na prática, o levantamento criou um grande “mapa vivo” do Tribunal: onde há fluidez, onde há ruídos, onde há dependências críticas e onde há oportunidades de inovação.

Mais importante: esse diagnóstico nasce da visão de quem vive a rotina do TCE-RO. São percepções de quem está na linha de frente dos processos e isso o torna extremamente valioso.

A FORÇA DE UMA INSTITUIÇÃO QUE SE OLHA POR DENTRO

Os resultados revelaram um Tribunal com grande capacidade de cooperação. O corpo técnico, amplamente reconhecido pelo nível de qualificação, demonstrou maturidade ao avaliar e ser avaliado.

Não houve disputa de notas. Houve um sentimento claro de evolução conjunta. Essa postura fica evidente nos próprios dados: as unidades conseguiram identificar criticamente suas necessidades sem perder o senso de pertencimento e orgulho institucional.

Mais que números, o que se evidenciou foi uma mensagem: o TCE-RO está pronto para promover melhorias contínuas com base no diálogo, na técnica e nos dados que produz. E isso mostra um Tribunal que cresce por dentro e, por isso mesmo, cresce para fora.

DO DIAGNÓSTICO AOS CAMINHOS: O QUE SERÁ FEITO COM OS RESULTADOS

Os dados da pesquisa não serão arquivados. Eles se transformarão em diretrizes concretas que alimentarão o Plano de Gestão 2026-2027, estabelecendo prioridades e orientando investimentos em gestão, tecnologia, infraestrutura, capacitação e processos.

BENEFÍCIOS GERADOS PELA PESQUISA

A autoavaliação revelou pontos de melhoria nos fluxos internos. Isso permite: reduzir retrabalhos, padronizar rotinas e agilizar entregas

Os dados geraram insumos para a alta administração alinhar expectativas entre unidades, corrigir assimetrias e fortalecer o clima organizacional.

Na prática, isso se traduz em: mais transparência, mais accountability, mais engajamento e mais efetividade na execução das metas. Uma instituição que dialoga consigo mesma se torna mais justa, mais equilibrada e mais forte.

A pesquisa também avaliou sistemas, plataformas e ferramentas corporativas. Com esse diagnóstico, o Tribunal poderá: modernizar tecnologias, direcionar investimentos de forma racional, aumentar a confiabilidade dos sistemas e melhorar a usabilidade para quem produz informação todos os dias.

GANHOS SOCIAIS: O IMPACTO NA VIDA DO CIDADÃO

Uma pesquisa interna pode parecer algo distante do cidadão comum, mas na prática ela gera efeitos diretos na ponta. Quando o Tribunal funciona melhor internamente, os processos ganham ritmo, clareza e consistência. Isso significa: auditorias mais profundas, fiscalizações mais eficientes, relatórios mais robustos e recomendações mais efetivas. É a sociedade que colhe os frutos.

Ao melhorar processos e diagnósticos internos, o Tribunal eleva a qualidade das auditorias. O resultado? Menos desperdício, mais eficiência na aplicação do dinheiro público e políticas públicas mais bem estruturadas.

Uma instituição que escuta a si mesma envia ao cidadão uma mensagem poderosa: estamos trabalhando para melhorar, para servir e para entregar resultados concretos.

Isso reforça a credibilidade democrática, aumenta a confiança social e fortalece a imagem do Tribunal como órgão técnico, transparente e comprometido com o bem comum.

UM PACTO COLETIVO POR UM TRIBUNAL MELHOR

Ao fim, a pesquisa recíproca deixa claro algo muito maior do que números: o TCE-RO está construindo inteligência coletiva. Cada opinião foi uma peça que ajudou a enxergar o Tribunal por dentro. Cada resposta aproximou unidades. Cada análise abriu caminhos.

É um Tribunal que se escuta e se aperfeiçoa. É um Tribunal que entende que servir bem começa pelo aperfeiçoamento de si mesmo.

O movimento iniciado agora se torna um marco. Isso porque uma instituição que aprende com sua própria experiência se torna mais humana, mais técnica e mais preparada para cumprir sua missão finalística: impactar positivamente a vida das pessoas, por meio de um controle externo responsável, orientado por dados e guiado pelo compromisso com o futuro de Rondônia.

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