Orgulho de Servir: A trajetória de Aluízio Sol Sol no TCE-RO

O quadro “Orgulho de Servir” voltou com mais uma história que inspira, aproxima e mostra o lado humano por trás do serviço público. A ideia é simples: apresentar à sociedade quem se dedica às ações do Tribunal de Contas de Rondônia (TCE-RO).
Nesta edição especial, em homenagem ao Dia do Auditor de Controle Externo, celebrado dia 27 de abril, o destaque é:
Aluízio Sol Sol de Oliveira, auditor de controle externo no TCE-RO.
DA INFÂNCIA ATÉ O TRIBUNAL

Sol Sol, como é conhecido nos corredores do Tribunal de Contas, nasceu em 1950, no município de Porto Velho. Até os 11 anos, viveu próximo ao distrito de Jaci-Paraná, em uma região onde hoje está localizada a Usina Hidrelétrica de Jirau.
“Na época, ainda tinha o trem. A gente descia no km 114, no rumo de Guajará-Mirim, e andava mais duas horas até a beira do rio, uns 12 km a mais. O trem funcionava assim: saía daqui por volta das 6h da manhã e chegava lá por volta das 14h. Na volta, a gente pegava o trem, por volta das 10h, e chegava aqui às 18h. Ele andava bem devagar e fazia várias paradas”, relembra Sol Sol.
Como no local onde morava não havia escola, foi alfabetizado por uma professora que se disponibilizava a cuidar das crianças. Com ela, aprendeu a ler, escrever e contar. Só mais tarde, quando se mudou para Porto Velho, começou a frequentar uma escola de forma regular, passando por instituições como Padre Mário Castagna, Carmela Dutra e o Senai.
Depois, morou por um tempo em Vilhena, período em que interrompeu os estudos, até retornar a Porto Velho.
“Fui retomando os estudos e, depois disso, resolvi me aventurar. Aqui não tinha faculdade na época, e uns colegas disseram: ‘Nós vamos para Manaus, você não quer ir com a gente?’. E eu fui. Alugamos um quartinho por lá e nos matriculamos num cursinho pré-vestibular. Estudamos por um ano e, no início do ano seguinte, passei no vestibular, isso deu uma girada de chave na minha vida.”
Sol Sol permaneceu em Manaus e se formou em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), em 1977. Após formado, prestou outro vestibular e foi aprovado em Ciências Contábeis, também na UFAM.
Em seguida, voltou a Porto Velho e concluiu a graduação em Contabilidade na Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Uma curiosidade: ele ainda teve aulas na unidade da Unir Centro, na véspera da inauguração do campus, localizado na BR-364.
Já formado, iniciou a carreira como economista na SEPLAN, hoje Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão (SEMPOG) de Porto Velho. Foi nesse período, em 1983, que surgiu o primeiro concurso do Tribunal de Contas, então em fase de implantação no estado de Rondônia.
“Me preparei para o concurso! Estudava direto e levava muito a sério. O pessoal sempre falava: ‘O Tribunal é um órgão novo, que vai crescer muito. Quem entrar agora vai estar no começo de tudo’. Acreditei nisso e vi que eles estavam certos.”
Sol Sol foi aprovado como auditor de controle externo no 1º concurso realizado pelo TCE-RO. Foi um dos seis aprovados que integraram a primeira turma de auditores.
“O Tribunal funcionava ali, em frente à Praça das Três Caixas d’Água, num prédio onde antes havia um colégio infantil desativado. Ficamos lá por pouco tempo”, conta.
Depois, mudaram-se para um prédio alugado na rua Campos Sales, entre as ruas Dom Pedro II e Carlos Gomes, onde funcionava apenas o setor de controle externo. “Ficamos lá até a inauguração da sede atual, em 1986”, completa.
Apesar de ter sido aprovado em outros concursos, escolheu por continuar no TCE-RO. Com isso, já são 41 anos de história no Tribunal. Nesse período, também atuou como assessor de conselheiro. Mas dedicado à atividade de auditor de controle externo, já são 36 anos de casa.
Sobre sua atuação no Tribunal de Contas, Sol Sol explica:
“A gente está sempre atento à forma como os recursos públicos são aplicados, na educação, na saúde e nas despesas do governo em geral. Tudo isso está nas prestações de contas que analisamos. Nosso papel é garantir que esses gastos estejam dentro dos limites da lei. Isso traz benefício para toda sociedade, porque fazemos o máximo para que o dinheiro público seja empregado da melhor forma possível.”
AS PAIXÕES QUE IMPULSIONAM SOL SOL
Com toda sua trajetória de vida entrelaçada ao Tribunal e marcada pela dedicação ao serviço público, Sol Sol também cultiva outras paixões.
É uma pessoa muito ligada à família. Casado e pai de um casal de filhos já adultos, gosta de reunir todos para um bom churrasco ou simplesmente convidar amigos e parentes para um almoço em casa.
Durante as férias, aproveita para conhecer novos lugares pelo Brasil e, especialmente, o interior de Rondônia. “Aqui no estado, a gente também tem boas opções para passear. Gosto muito de Cacoal, Ji-Paraná e do Vale das Cachoeiras”, comenta.
Outra grande paixão de Sol Sol é o ciclismo, um hábito que começou por volta dos anos de 1980. Apesar de ter deixado a bicicleta de lado por quase 17 anos, ele retomou a prática com o incentivo de um colega querido do TCE-RO.
“No Tribunal, eu tinha um colega que começou a se preocupar com a saúde e dizia: ‘Vou comprar uma bicicleta’. Eu respondia: ‘Rapaz, se tu comprar, mesmo depois de tantos anos sem pedalar, eu volto contigo a treinar’. Um dia, ele chegou e disse: ‘Comprei a bicicleta’. Sabe quem era esse cara? O Marcus, que hoje é o Secretário Geral de Controle Externo”, conta Sol Sol, dando risada ao lembrar do episódio.
Desde então, não parou mais. “Sou ciclista, dos bons”, afirma com orgulho. Hoje em dia, pedala três vezes por semana e chega a percorrer até 40 km por treino no Espaço Alternativo de Porto Velho, onde costuma pedalar com um grupo de ciclistas.
Esse é Sol Sol! Um dos primeiros auditores do Tribunal de Contas de Rondônia. Servidor apaixonado pelo que faz e comprometido com a qualidade do serviço público entregue à população. E, além de tudo, alguém que valoriza as relações, a convivência em família e a paixão de seguir pedalando com entusiasmo pela vida.