Domingo de fiscalização: TCE retorna às UPAs e à Policlínica de Porto Velho, aponta avanços e revela novos desafios

Em mais uma fiscalização realizada neste domingo (6), o Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO) voltou a inspecionar as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e a Policlínica Ana Adelaide, em Porto Velho. As unidades são geridas pelo município. As visitas têm a finalidade de aprimorar o atendimento à população e melhorar as condições de trabalho dos profissionais de saúde.

De acordo com os auditores do TCE, houve avanços perceptíveis nos serviços, com destaque para um atendimento mais humanizado e ágil. No entanto, os problemas ainda não foram totalmente superados: faltam insumos, medicamentos e persistem falhas estruturais e logísticas.

POPULAÇÃO DESTACA AGILIDADE NO ATENDIMENTO E ELOGIA FISCALIZAÇÕES
Os pacientes relataram melhorias no atendimento e defenderam a permanência das ações do Tribunal de Contas.

A dona de casa Raquel Holanda Soares elogiou a rapidez no atendimento ao filho, que apresentava febre. “Foi rápido e bem atendido pela médica. A fiscalização do Tribunal deve continuar, para o atendimento melhorar”, disse.

Já o autônomo Lucas Emanoel Pereira, que levou o filho após um acidente doméstico, também ficou satisfeito. “Rapidamente lavaram o local e ele foi medicado. Estou grato pelo atendimento e pelas fiscalizações do TCE”, afirmou.

Para Jonildo Batista Botelho, que acompanhava o pai de 83 anos na UPA, o atendimento inicial foi eficiente, mas a transferência hospitalar apresentou entraves. “Aqui, na UPA o atendimento foi bom. Mas a transferência dele para o João Paulo está com dificuldade”, relatou. Ele reforçou a importância da atuação contínua do Tribunal. “Deve ocorrer rotineiramente, pois na UPA o atendimento está ótimo”, opinou.
AUDITORES IDENTIFICAM FALHAS PERSISTENTES

Mesmo com os avanços registrados, os auditores do TCE constataram, neste domingo, diversos pontos críticos que exigem atenção urgente: ausência de insumos e medicamentos, falhas estruturais e necessidade de melhorias na logística e no fluxo de atendimento.

Na Policlínica Ana Adelaide, os auditores apontaram necessidade de aperfeiçoamento na questão da realização de exames e da estrutura física da recepção. Não havia, naquele momento, servidor responsável pela coordenação da unidade.

A UPA da Zona Sul opera de forma satisfatória, com destaque para limpeza e organização, mas precisa melhorar o abastecimento de insumos, remédios e a manutenção de sua estrutura. Já na UPA da Zona Leste, problemas com mobiliário danificado, regulação de pacientes e acessibilidade nos banheiros. A unidade passará por reforma.

Todos os problemas foram registrados em relatório e encaminhados à gestão municipal, que tem cinco dias para apresentar providências.
As equipes do TCE irão retornar após o prazo estabelecido para conferir se os problemas foram solucionados.
TCE FAZ DIFERENÇA NA VIDA DO CIDADÃO

O secretário-geral de controle externo do TCE-RO, Marcus Cézar Filho, ressalta os avanços que as fiscalizações permanentes têm produzido.
“Além da melhora do atendimento, a ideia é que os profissionais de saúde consigam desempenhar o seu trabalho da melhor forma possível. É o TCE fazendo a diferença na vida do cidadão”, completou.

RESPONSABILIZAÇÃO DOS GESTORES PÚBLICOS
O presidente do TCE-RO, Wilber Coimbra, enfatiza que as fiscalizações são permanentes e têm caráter preventivo e corretivo. “Se os gestores não cumprirem as determinações no prazo, o Tribunal instaura processos de responsabilização, garantindo o devido processo legal”.
Se confirmadas irregularidades por ação ou omissão, sanções poderão ser aplicadas aos responsáveis. O TCE de Rondônia continuará monitorando as unidades para verificar o cumprimento das recomendações.
