TCE-RO inspeciona unidades de saúde de Porto Velho em mais um domingo de fiscalizações permanentes
Nesse domingo (23/11), servidores do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO) estiveram em campo para mais uma etapa do Programa Permanente de Fiscalização da Saúde.
A missão é contínua e tem dois objetivos: avaliar de perto as condições de trabalho dos profissionais e a qualidade do atendimento oferecido à população.
As equipes visitaram as UPA da Zona Sul e da Zona Leste, as Policlínicas Ana Adelaide e José Adelino e a Maternidade Municipal Mãe Esperança.
Foi uma jornada que uniu rigor técnico e escuta sensível, analisando pontos essenciais como oferta de medicamentos e insumos, realização de exames, estado dos equipamentos, presença das equipes e condições de limpeza e estrutura.
UPA SUL: FRAGILIDADES QUE PEDEM AÇÃO URGENTE
Na UPA Sul, foram identificadas fragilidades assistenciais, estruturais, administrativas e de suprimentos.
Entre as principais necessidades estão: regularização de insumos essenciais, melhoria da infraestrutura, adequação dos materiais hospitalares adquiridos, reforço das medidas de segurança institucional e aprimoramento dos controles administrativos de pessoal.
Esses pontos demandam providências rápidas para garantir atendimento seguro e de qualidade à população.
UPA LESTE: BOM FUNCIONAMENTO, MAS PENDÊNCIAS PERSISTEM
A vistoria na UPA Leste mostrou um cenário positivo: estrutura adequada, insumos e medicamentos disponíveis, plantonistas presentes e usuários satisfeitos com o atendimento.

No entanto, permanecem pendências já apontadas anteriormente, como quantidade insuficiente de profissionais de Raio-X, o que pode gerar riscos à saúde deles, além de reparos simples não realizados, como cadeira de rodas com suporte quebrado.
JOSÉ ADELINO: PONTOS CRÍTICOS NA INFRAESTRUTURA E EQUIPE REDUZIDA
Na unidade José Adelino, persistem problemas como equipamentos enferrujados e quebrados, falta de privacidade para pacientes, ausência de ambulância própria e instabilidade elétrica.
Profissionais relataram que o número de servidores por plantão é insuficiente para atender à demanda, especialmente na equipe de enfermagem.
Também houve falta de alguns medicamentos no momento da inspeção. Apesar disso, exames laboratoriais e de imagem estão sendo realizados normalmente, e usuários elogiaram o atendimento.
MATERNIDADE: DEDICAÇÃO DA EQUIPE, MAS RISCOS PERMANECEM
Na Maternidade Municipal, todos os profissionais escalados estavam presentes e as pacientes entrevistadas elogiaram a qualidade do atendimento.
Porém, problemas estruturais e falta de insumos continuam colocando mães e bebês em situação de risco, mesmo sem depender da conclusão da reforma.
ANA ADELAIDE: MELHORIAS CONSOLIDADAS E GESTÃO PROATIVA
A unidade Ana Adelaide apresentou avanços significativos: kits laboratoriais restabelecidos, infraestrutura adequada, estoques regularizados e limpeza satisfatória.

A gestão local demonstrou atuação proativa, mantendo melhorias observadas em inspeções anteriores. O único desafio permanece fora da unidade: a espera por leitos especializados para pacientes regulados (aguardando transferência para unidade com mais recursos).
POR QUE ISSO IMPORTA PARA O CIDADÃO
As fiscalizações contínuas são fundamentais para garantir que os recursos públicos sejam aplicados corretamente e que a população tenha acesso a serviços de saúde seguros e eficientes.

O próximo passo será a elaboração de relatórios detalhados, com recomendações técnicas e encaminhamentos à gestão municipal, para que as melhorias se tornem realidade nas unidades de saúde.




