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Equipe do TCE faz visita ao canteiro de obras da Usina de Santo Antônio

A grandiosidade e o estado avançado das obras de construção da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, no rio Madeira, puderam ser conferidas, nessa quinta-feira (10), por uma equipe de servidores do Tribunal de Contas, composta pelo secretário-geral de Planejamento, Luiz Guilherme Erse da Silva, e pelos assessores Juscelino Vieira (Planejamento) e Laércio Fernando Santos (Instituto de Estudos e Pesquisas José Renato da Frota Uchôa – IEP).

A comitiva foi recepcionada no canteiro de obras pelo diretor superintendente do consórcio, engenheiro Délio Galvão. Além das obras, os servidores do TCE puderam conhecer ainda o pátio de montagem das turbinas que serão usadas na usina, o refeitório e algumas dependências utilizadas pelos trabalhadores.

Antes da visita, Délio Galvão, acompanhado do engenheiro Sergio Barbin e do responsável pela área de gestão de pessoas, Marcelo Reis, fizeram uma exposição à equipe do TCE, apresentando a situação atual da usina e os números do Consórcio Santo Antônio, uma iniciativa público-privada – integrada, entre outros, por Andrade Gutierrez, Odebrecht, Furnas, Cemig e Banif – que é a responsável por tocar a obra.

Iniciada em setembro de 2008, a Usina de Santo Antônio terá uma potência instalada de 3.150 megawatts (MW), compondo o Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira, que tem ainda em construção a usina de Jirau e previsão para instalação de empreendimentos em Guajará-Mirim, Esperança e Riberalta – estas duas últimas, em território boliviano.

Santo Antônio entrará em operação no mês que vem – portanto, um ano antes da previsão, que era para o final de 2012. Sua construção, que é um investimento de mais de R$ 15 bilhões, só deve estar totalmente concluída em 2015 – atualmente 60% da obra já foram realizados.

A usina contará com 44 turbinas bulbo, que permitem o aproveitamento da própria vazão do rio Madeira para a geração da energia. “Essas turbinas permitem sua operação sem a necessidade de formação de um grande reservatório, diminuindo a área alagada e reduzindo o impacto socioambiental”, explicou Délio Galvão.

MÃO DE OBRA

Para construir a hidrelétrica, o Consórcio Santo Antônio emprega cerca de 20 mil trabalhadores, sendo 10% de mulheres. Do total da mão de obra utilizada, 80% é oriunda do próprio Estado de Rondônia. Nesse sentido, foi destacado o trabalho realizado pelo consórcio na inclusão de profissionais locais no mercado de trabalho.

Em Porto Velho, a Odebrecht realiza o Programa Acreditar, projeto-piloto que se tornou referência na qualificação profissional continuada de mão de obra local. “Esse programa deu tão certo, que está sendo utilizado pela Odebrecht em diversos outros estados do País e até na Venezuela”, informou Marcelo Reis, acrescentando que o programa já teve mais de 67 mil inscritos, com 37 mil qualificados e 26,6 mil contratados.

Após a explanação, os servidores foram convidados a almoçar com os operários e conhecer os procedimentos de preparação dos alimentos. No refeitório, eles foram informados sobre novos e impressionantes números. Só a quantidade de carne diariamente consumida chega a 8 mil quilos, sendo que, este ano, o refeitório já registra a marca de 17 milhões de refeições servidas, entre café, almoço, lanche e jantar.

A equipe teve acesso, ainda, ao Centro de Atendimento ao Trabalho, que oferece, entre outros serviços, assistência médica, odontológica, psicológica e social. Nesse mesmo local, funciona o sistema de vigilância da obra, com câmeras e tecnologia de última geração, a fim de garantir a segurança e a proteção não só dos bens, mas dos operários e diretores.

Já nas instalações da Casa de Força Um, cuja primeira turbina começa a gerar energia em dezembro, os servidores puderam passar pelo pátio de montagem das turbinas bulbo, que têm potência média de 72 MW, se constituindo nas turbinas de maior capacidade de geração no mundo.

Foram repassadas, ainda, informações sobre os projetos ambientais e sociais desenvolvidas pelo consórcio, como o sistema para transposição dos peixes, um canal onde são distribuídos gabiões, uma espécie de gaiola de arame preenchida com pedras, colocadas de forma intercalada dentro do canal, servindo como defletores que regulam a velocidade da água tornando-a ideal para a passagem dos peixes.

Após a visita, o secretário-geral de Planejamento, Luiz Guilherme, agradeceu aos representantes do consórcio pela oportunidade e pelas informações repassadas, ressaltando a grandiosidade da obra e sua importância para o setor energético do Brasil.

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