Orgulho de Servir: A trajetória de Mônica Borges no TCE-RO

O “Orgulho de Servir” está presente no dia a dia de quem atua no Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO). São pessoas que servem à sociedade com paixão pelo que fazem. É nos bastidores da rotina que a verdadeira mágica acontece, tornando possível cada evento do Tribunal.
Por trás do palco, do cenário e de cada detalhe, antes, durante e depois de uma ação, estão pessoas dedicadas, cujo trabalho silencioso permite que tudo aconteça. Hoje, compartilhamos uma história que inspira e revela o lado humano por trás do serviço público.
Apresentamos Mônica Mascetti Borges, chefe da Assessoria de Cerimonial do TCE-RO.
RAÍZES, ESCOLHAS E REENCONTROS
Mônica Borges nasceu no Rio de Janeiro, filha de uma porto-velhense e de um geólogo italiano que veio ao Brasil para estudar cassiterita, seus pais se conheceram em Porto Velho e, após o casamento, se mudaram para o Rio.

Aos 10 anos, Mônica voltou com a família para Porto Velho, para ficarem mais perto dos avós maternos. Uma curiosidade da trajetória familiar é que seu avô foi ferroviário na histórica Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.
Assim, foi na capital rondoniense que ela cresceu e estudou na rede salesiana. Anos depois, voltou ao Rio apenas para cursar Direito na Estácio de Sá.
Já formada, retornou a Rondônia e assumiu o cargo de Procuradora-Geral do município de Pimenta Bueno, período em que também se casou.
Na função, passou a frequentar o Tribunal de Contas para apresentar contas da prefeitura e tratar de assuntos institucionais. Foi assim que conheceu o então ex-presidente do TCE, conselheiro Amadeu Machado, e o chefe de gabinete dele na época, hoje conselheiro Edilson de Sousa Silva.
Ao lembrar da transição para Porto Velho, Mônica recorda com naturalidade: “Meu marido seria promovido para a capital, e eu viria junto”.
Com a mudança definitiva, apresentou o currículo ao TCE-RO e aguardou. Logo ingressou no Tribunal de Contas, atuando no gabinete do conselheiro Hugo Motta, onde permaneceu até o falecimento dele.
Depois, passou a trabalhar com o conselheiro José Euler Potyguara, até ele assumir a presidência do Tribunal. Foi então que surgiu a oportunidade de criar a Assessoria de Cerimonial, que até então não existia no TCE.
“Observava a correria quando havia uma posse ou outro evento: apesar de todos se esforçarem muito, cada um tinha outras funções. Então, conversei com o doutor Euler: ‘Por que a gente não cria uma Assessoria de Cerimonial, para que o Tribunal tenha isso de forma realmente profissional?’”, relembra Mônica.
A partir daí, decidiu dedicar-se a algo que sempre a encantou: eventos e o contato com pessoas. Sentia que a fase de atuar em Direito havia se esgotado e, então, buscou especialização em Cerimonial Público e boas práticas institucionais, participando de cursos, treinamentos e congressos.
Hoje, com 57 anos, 27 anos dedicados ao Tribunal e 14 deles exclusivamente ao Cerimonial, Mônica constrói uma trajetória de aprendizado e cuidado com os detalhes.
“Nós, que trabalhamos no Cerimonial, sabemos que a nossa atuação nos bastidores é essencial. Organizar um evento exige planejamento, atenção, comunicação e trabalho em equipe, com um olhar humanizado, porque cada evento é único”.
Ela reforça que o Cerimonial segue um protocolo em todas as ocasiões, seja em posses, homenagens ou na ambientação dos cursos da Escola Superior de Contas. Esse cuidado tem um impacto direto na sociedade, pois, ao se atentar a detalhes como alimentação e estrutura, contribui diretamente para que os participantes absorvam melhor os conteúdos e os levem para seus municípios.
ENTRE AFETOS E SONHOS
Comunicativa e sempre disposta a ajudar, Mônica valoriza as pequenas alegrias do cotidiano: encontros com amigas, momentos em família, o nascer ou o pôr do sol e um bom livro folheado com calma.
Dedicada à família, é esposa, mãe de um casal de filhos e uma avó apaixonada pelo neto de 8 anos. Mesmo com os filhos morando em Curitiba, eles mantêm o costume de se reunir em viagens ao menos duas vezes por ano, aproveitando cada oportunidade para estarem juntos e compartilharem momentos especiais.
“A gente sempre se encontra em alguma viagem. Viajar é algo de que gosto muito, traz crescimento pessoal e as diferenças culturais me atraem”, conta Mônica, com brilho nos olhos e uma risada leve.
Uma de suas paixões é a patinação, iniciada na adolescência e que, mesmo após uma cirurgia no punho por conta de uma queda, nunca foi deixada de lado.
“Adoro patinar! Depois do tombo, voltei há cerca de quatro meses. Meus patins eram antigos, então procurei uma escola para aprender com segurança. Quando subi nos novos, pensei: ‘Gente, eu não vou conseguir ficar em pé’. Mas hoje já consigo fazer algumas manobras. É um momento em que solto a imaginação, fico atenta a cada movimento e sinto muita liberdade e alegria com a sensação”.
Outra fonte de inspiração é a música. Influenciada pelo pai, apaixonou-se pela música clássica ainda criança. Eclética, também aprecia MPB e rock nacional, com artistas como Lulu Santos e Legião Urbana. “São músicas antigas, mas são eternas”, comenta.
Essa é Mônica Borges, servidora do TCE-RO e responsável pela Assessoria de Cerimonial. Seu trabalho expressa o verdadeiro sentido do Orgulho de Servir: cuidar do próximo, valorizar os detalhes e manter o compromisso com o bem-feito. É assim que ela contribui para tornar o Tribunal mais acolhedor, profissional e próximo da sociedade.